SOBRE
XULLAJI
xullaji de origem caboverdeana, criado na Margem Sul, é rapper, dizedor, produtor e sound designer. Nas suas palavras poeta sónico e visual.
Tem 3 álbuns (Rapresálias, Rapensar e Rapressão) e colaborações com várixs músicxs.
O interesse por domínios da palavra levou-o ao spoken word onde juntou os seus textos à música de colaboradores ou fê-los ouvir em eventos de palavra dita. Agora chama AKapella47 à sua palavra dita. Deste projeto e, em colaboração com Sliitz, saíram os vídeos “da Hype” e “intenCIDADES”. Este último texto fez parte de espectáculo “Periférico” no CCB e fechou o Iminente 2017 de VHILS.
Outra das suas esquizofonias é prétu, um projecto musical e visual onde funde samples das suas referências africanas com o seu cosmos eletrónico, e o seu pensamento sobre o pan-africanismo, o contexto político de África e da sua diáspora e amor.. Faz desenho de som e composição para teatro e artes visuais. Colabora frequentemente com o Teatro GRIOT enquanto compositor e sound designer (e esporádicamente ator). desta colaboração destaca: “O Riso do Necrofagos”, “A Dança das Florestas”, “Posso saltar do meio da escuridão e morder”, “Que ainda alguém nos invente”, “Os Negros”, “Luminoso Afogado” e “A Geração da Utopia”. Colaborou com Auroras em “Cosmos”; Formiga Atómica em “Pranto de Maria Parda,” Companhia de Atores em “Zé Alguém”, Flávia Gusmão em Mangifera, etc. Em Inglaterra destaca Europe After the Rain (Colchester, 2018), The War Has Not Yet Started (Theatre Royal Plymouth, 2017), mas trabalhou em outras peças. Co-fundador do coletivo Peles Negras Mascaras Negras – teatro do escurecimento, um grupo de teatro comunitário que mantém uma prática de discussão horizontal junto da comunidade Africana da periferia e com o qual já desenvolveu as peças “Maria 28” que discute a situação política das trabalhadoras domésticas e da limpeza em Lisboa e 2Nha Kasa, Nha Morada” sobre a questão da habitação. Neste âmbito trabalhou também com Alesa Herero em Neckless and Headless. Colaborou com VHILS nas exposições Prisma (Maat 2022), Incision (Curutiba, 2019), Fragments Urbains (Paris 2018), Debris (Macau, 2017), Debris (Hong Kong, 2016) Dissection (EDP, Lisboa, 2014); Mónica de Miranda em Path to The Stars (2022), South Circular ( MAAT, Lisboa 2019), Dó (BE, Luanda 2018) e Beauty (Valongo Festival, Brasil e Galeria Carlos Carvalho, Lisboa 2018), Francisco Vidal em Casulo (Sonar 2021).
Concebeu, dá consultoria e dinamiza o Estúdio de Som e Imagem da Bela Vista, do Programa Nosso Bairro, Nossa Cidade – do Município de Setúbal. Dá aulas no Módulo de Hip Hop no curso de Produção Musical na World Academy, deu aulas de Criação e Composição Musical na Restart, fez tutoria a jovens músicos no projeto Compasso no Hangar- Centro de Investigação Artística, entre vários outros workshops. Estudou Sound Design for Theatre (Royal Academy of Dramatic Arts, London), Mixing and Mastering Electronic Music (Point Blank Music School, UK), Som I e II (Restart, Lisboa) e Sociologia do Trabalho (ISCSP-UTL). A sua expressão musical e visual são resultado de aprendizagem autodidacta.